Meio do ano, mês de junho. Isso possui apenas um significado em qualquer lugar do país, significam festas juninas. Mudam a forma, mudam alguns costumes, mas no fim das contas festas juninas se espalham pelo país inteiro, seja grandes festas com shows e artistas ditos famosos ou pequenas festas em quadras, todos os cantos tem sempre uma festa junina sendo realizada durante todo o mês de junho (constatação meio óbvia, porém necessária para o andamento deste texto).
Sou obrigado a dizer, festas juninas são legais, comida boa, festas divertidas (algumas). Mas o estranho sobre isso tudo é que festas juninas somente passaram a me agradar depois de eu já ter virado adulto. Durante toda minha infância e adolescência eu tinha verdadeira repulsa a festas juninas. Poucas coisas me irritavam mais do que essas festas.
Não foi um único motivo que me levou a ter esse ódio irracional e ridículo (se bem que todo o ódio por si só é irracional e ridículo). Talvez o primeiro deles tenha sido o fato de ter nascido no dia de São João, um dos santos homenageados nestas festas. Meus primeiro aniversários sempre tiveram temática de festas junina comigo usando uma fantasia ridícula só par algumas tias velhas babarem. Lembro que com somente 5 anos eu tive que brigar com a minha mãe pra não ter uma festa de temática junina. Chorei e esperneei, e contrariada, minha mãe me deu minha festa dos Thundercats (ok, sou nerd, sem qualquer sombra de dúvida).
Mas ocorre que na minha vida a festa junina sempre foi uma época de traumas e problemas. Não só aniversários me traumatizavam, mas a minha escola contribuía bastante. No colégio onde estudei quando pequeno nos fantasiam com aquelas roupinhas meio ridículas (e forçadas) de “caipiras” (mais uma vez as fantasias...) e a participação numa dança de quadrilha era obrigatória, mais para agradar país que utilizam rolos e mais rolos de filmes fotográficos ( alguém aí ainda se lembra disso?) do que para agradar as pequenas crianças que tinham muito pouco idéia do que acontecia de verdade.
E eu me lembro que pior do que dançar a quadrilha na escola, eram os ensaios. Tudo Sempre começava com a escolha dos pares, e eu nunca conseguia dançar com a menina com a qual eu queria. Não me lembro de uma época a qual o rótulo de “nerd” não me era imposto, e quando criança era pior (pra não dizer engraçado) pois sempre me sobrava para dançar a menina que não tinha par. Era pior do que no futebol, onde eu sempre era o último a ser escolhido. Lembro de uma vez na qual a menina mais bonita da turma (isso na época de uma primeira ou segunda série) havia faltado e eu havia sobrado na escolha de pares. No dia seguinte ela acabou tendo que dançar comigo, fato este que me causou uma alegria de apenas alguns minutos, pois ao saber que ela dançaria comigo, essa mesma menina conseguiu (não sei como) trocar de par e mais uma vez eu sobrei pra dançar com sabe-se lá que outra menina havia sobrado.
Passado esse primeiro momento de trauma, vinham mais um mês de ensaios chatos, sempre com a mesma música e sempre durante muito mais tempo do que qualquer ensaio deveria durar, afinal paciência crianças nunca são duas coisas que combinam muito.
E destas festas, lembro que a mais feliz foi o ano no qual minha parceira havia faltado a festa por estar doente. Ainda tentaram improvisar e me arrumar outro par, mas o que nunca contei pra ninguém é que me senti aliviado com a falta da menina, e assim escapei da quadrilha, escapei da dança e escapei do mal que aquilo me fazia.
Enfim, as festas juninas me traumatizaram. O tempo passou, superei esses traumas e hoje são festas que eu gosto, como já disse acima. Deixei esses problemas no passado, mas como tudo que passa deixa uma marca, ainda sinto resquícios desses antigos problemas, afinal até hoje, sempre que tento organizar uma festa de aniversário, eu preciso ter uma longa conversa com a minha mãe para que ela não tente colocar algumas bandeirinhas de papel espalhadas pelo local.
Sou obrigado a dizer, festas juninas são legais, comida boa, festas divertidas (algumas). Mas o estranho sobre isso tudo é que festas juninas somente passaram a me agradar depois de eu já ter virado adulto. Durante toda minha infância e adolescência eu tinha verdadeira repulsa a festas juninas. Poucas coisas me irritavam mais do que essas festas.
Não foi um único motivo que me levou a ter esse ódio irracional e ridículo (se bem que todo o ódio por si só é irracional e ridículo). Talvez o primeiro deles tenha sido o fato de ter nascido no dia de São João, um dos santos homenageados nestas festas. Meus primeiro aniversários sempre tiveram temática de festas junina comigo usando uma fantasia ridícula só par algumas tias velhas babarem. Lembro que com somente 5 anos eu tive que brigar com a minha mãe pra não ter uma festa de temática junina. Chorei e esperneei, e contrariada, minha mãe me deu minha festa dos Thundercats (ok, sou nerd, sem qualquer sombra de dúvida).
Mas ocorre que na minha vida a festa junina sempre foi uma época de traumas e problemas. Não só aniversários me traumatizavam, mas a minha escola contribuía bastante. No colégio onde estudei quando pequeno nos fantasiam com aquelas roupinhas meio ridículas (e forçadas) de “caipiras” (mais uma vez as fantasias...) e a participação numa dança de quadrilha era obrigatória, mais para agradar país que utilizam rolos e mais rolos de filmes fotográficos ( alguém aí ainda se lembra disso?) do que para agradar as pequenas crianças que tinham muito pouco idéia do que acontecia de verdade.
E eu me lembro que pior do que dançar a quadrilha na escola, eram os ensaios. Tudo Sempre começava com a escolha dos pares, e eu nunca conseguia dançar com a menina com a qual eu queria. Não me lembro de uma época a qual o rótulo de “nerd” não me era imposto, e quando criança era pior (pra não dizer engraçado) pois sempre me sobrava para dançar a menina que não tinha par. Era pior do que no futebol, onde eu sempre era o último a ser escolhido. Lembro de uma vez na qual a menina mais bonita da turma (isso na época de uma primeira ou segunda série) havia faltado e eu havia sobrado na escolha de pares. No dia seguinte ela acabou tendo que dançar comigo, fato este que me causou uma alegria de apenas alguns minutos, pois ao saber que ela dançaria comigo, essa mesma menina conseguiu (não sei como) trocar de par e mais uma vez eu sobrei pra dançar com sabe-se lá que outra menina havia sobrado.
Passado esse primeiro momento de trauma, vinham mais um mês de ensaios chatos, sempre com a mesma música e sempre durante muito mais tempo do que qualquer ensaio deveria durar, afinal paciência crianças nunca são duas coisas que combinam muito.
E destas festas, lembro que a mais feliz foi o ano no qual minha parceira havia faltado a festa por estar doente. Ainda tentaram improvisar e me arrumar outro par, mas o que nunca contei pra ninguém é que me senti aliviado com a falta da menina, e assim escapei da quadrilha, escapei da dança e escapei do mal que aquilo me fazia.
Enfim, as festas juninas me traumatizaram. O tempo passou, superei esses traumas e hoje são festas que eu gosto, como já disse acima. Deixei esses problemas no passado, mas como tudo que passa deixa uma marca, ainda sinto resquícios desses antigos problemas, afinal até hoje, sempre que tento organizar uma festa de aniversário, eu preciso ter uma longa conversa com a minha mãe para que ela não tente colocar algumas bandeirinhas de papel espalhadas pelo local.
Paulo Almeida says:
15 de junho de 2009 às 13:49
É, Moreira. Eu sei bem o que você passou. Meu aniversário é hoje. A diferença é que até hoje eu acho estas festas bem chatas...
Paulo Almeida says:
15 de junho de 2009 às 13:49
É, Moreira. Eu sei bem o que você passou. Meu aniversário é hoje. A diferença é que até hoje eu acho estas festas bem chatas...