Eu tentei, mas não resisti. ME senti obrigado a fazer o meu post obrigatório semanal. Nessa semana, um texto sobre uma banda que eu gosto muito.
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Eu sou baixista. Não sou um músico muito bom, mas eu tenho uma fixação quase que doentia por esse instrumento, quando ouço uma banda que tem uma linha de baixo legal ou que exalte esse instrumento (que sempre é deixado de lado pelas bandas e pelos ouvintes) eu faço questão de ouvir. E foi assim que eu descobri uma das minhas bandas favoritas: MORPHINE.
Não dá pra falar dessa banda sem falar um pouco sobre o baixista/vocalista/letrista/fundador da banda Mark Sandman. Ele era um cara apaixonado pela noite e que inventava desculpas para curti-la, e isso acabou por influenciar bastante o som do Morphine. Ele nasceu em Cambridge, mas depois que caiu na noite, nunca mais teve residência fixa, apesar de manter Boston como sua base de operação. Ele já foi taxista, trabalhou num pesqueiro no Alasca, e falava português fluentemente devido ao ano em que morou no Rio de Janeiro (além disso ele era um amante da música brasileira, a bossa nova é evidente em algumas músicas dele).
E foi esse cara que, misturando rock, jazz e blues, criou um som absurdamente simples e diferente do que estamos acostumados.
No vocal e no baixo vc tinha Mark Sandman, com a sua voz grave e suas letras que falavam sempre de trsiteza, ser um perdedor ou de sexo (muito sexo). Uma observação deve ser feita aqui, o baixo dele era adaptado, ele tinha somente duas cordas. Isso mesmo duas cordas! A banda ainda tinha Dana Colley tocando sax, que conseguia algo que eu considero uma façanha: ele tocava dois sax ao mesmo tempo. No primeiro disco tinha Jerome Dupré na bateria, nos outros discos da banda ele foi substituído por Billy Conway. E só, nada mais. A grande maioria das pessoas estranha essa formação, afinal eles tocavam sem guitarra, algo quase impensável para uma banda que se diz de rock, mas ao ouvir o som do Morphine vocÊ descobre que a guitarra não faz a menor falta.
Dos cinco discos da banda [Good (1992), Cure for Pain (1993), Yes (1995), Like Swimming (1997), B-Sides & Otherwise (1997), The Night (2000)] e duas coletâneas [Bootleg Detroit - live (2000), The Best of Morphine: 1992-1995 (2003)], vou recomendar o que eu considero o melhor disco dessa banda: “Cure for Pain”.
Esse foi o segundo disco do Morphine, o primeiro disco Good (1992), é muito bom, mas possui um som diferente demais para os ouvidos menos acostumados, por isso é segundo disco é o melhor para se começar a ouvir essa banda. Tem uma levada mais pop e menos underground que os demais.
Depois de uma introdução instrumental altamente sensual chamada “Dawna”, o disco engata logo com “Buena”, que é realmente uma música boa com sua introdução de baixo bem característica e a voz grave de Mark, os sax entram somente no hora do refrão. Em seguida vem “I’m free now”, a melhor música pra se ouvir depois de um fim de namoro com a sua bela introdução de sax e bateria e a letra que já começa dizendo a que veio e com um refrão fantástico que gruda na mente (“Honest I swear the last thing I want to do Is ever cause your pain”). Em seguida vem “All wrong” , uma música cujo o solo do final me espanta sempre que eu ouço, pois nunca tinha ouvida uma distorção quá-quá (aquela distorção típica de funk geralmente feita com guitarras) só que ligada no sax.
Depois temos “Candy”, uma música romântica com letra bem realista, uma levada calma que te dá vontade de chorar pela beleza da música. A seguir vem “A head with wings” , onde se pode ouvir o tanto que o Dana Colley é bom, tocando dois sax juntos. “In Spite of me”, uma música com um dedilhado de violão, só pra mudar o ambiente causado pelo disco. “Thursday” vem em seguida acho que é a faixa mais experimental do disco, que causa estranheza quando se ouve pela primeira vez, mas depois de acostumar os ouvidos vc começa a viajar na música. Enfim a faixa título, “Cure for pain” realmente merece esse nome, a música leva a dor embora a medida que se ouve, transmitindo uma paz que não se costuma sentir com música, uma tranqüilidade melancólica, e como é dito no refrão (Someday, there will be a cure for pain). “Mary won’t call my name” é a faixa mais animada do disco, dá vontade de sair dançando ao ouvi-la, e tenho de admitir que muitas vezes fiz isso. “Let1s take a trip together” uma música bem ambiente , do tipo que agente gostaria de ouvir ao lado de uma bela garota saboreando um copo de alguma bebida. E por último temos “Sheila”, pra fechar com chave de ouro, a música transmite sensualidade pra quem ouve, basta ouvir o refrão dessa música que eu tenho vontade de realmente virar para uma garota e dizer “I´m yours to command”
Enfim, é um excelente disco que justifica o seu nome, é realmente uma cura para a dor.
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Eu sou baixista. Não sou um músico muito bom, mas eu tenho uma fixação quase que doentia por esse instrumento, quando ouço uma banda que tem uma linha de baixo legal ou que exalte esse instrumento (que sempre é deixado de lado pelas bandas e pelos ouvintes) eu faço questão de ouvir. E foi assim que eu descobri uma das minhas bandas favoritas: MORPHINE.
Não dá pra falar dessa banda sem falar um pouco sobre o baixista/vocalista/letrista/fundador da banda Mark Sandman. Ele era um cara apaixonado pela noite e que inventava desculpas para curti-la, e isso acabou por influenciar bastante o som do Morphine. Ele nasceu em Cambridge, mas depois que caiu na noite, nunca mais teve residência fixa, apesar de manter Boston como sua base de operação. Ele já foi taxista, trabalhou num pesqueiro no Alasca, e falava português fluentemente devido ao ano em que morou no Rio de Janeiro (além disso ele era um amante da música brasileira, a bossa nova é evidente em algumas músicas dele).
E foi esse cara que, misturando rock, jazz e blues, criou um som absurdamente simples e diferente do que estamos acostumados.
No vocal e no baixo vc tinha Mark Sandman, com a sua voz grave e suas letras que falavam sempre de trsiteza, ser um perdedor ou de sexo (muito sexo). Uma observação deve ser feita aqui, o baixo dele era adaptado, ele tinha somente duas cordas. Isso mesmo duas cordas! A banda ainda tinha Dana Colley tocando sax, que conseguia algo que eu considero uma façanha: ele tocava dois sax ao mesmo tempo. No primeiro disco tinha Jerome Dupré na bateria, nos outros discos da banda ele foi substituído por Billy Conway. E só, nada mais. A grande maioria das pessoas estranha essa formação, afinal eles tocavam sem guitarra, algo quase impensável para uma banda que se diz de rock, mas ao ouvir o som do Morphine vocÊ descobre que a guitarra não faz a menor falta.
Dos cinco discos da banda [Good (1992), Cure for Pain (1993), Yes (1995), Like Swimming (1997), B-Sides & Otherwise (1997), The Night (2000)] e duas coletâneas [Bootleg Detroit - live (2000), The Best of Morphine: 1992-1995 (2003)], vou recomendar o que eu considero o melhor disco dessa banda: “Cure for Pain”.
Esse foi o segundo disco do Morphine, o primeiro disco Good (1992), é muito bom, mas possui um som diferente demais para os ouvidos menos acostumados, por isso é segundo disco é o melhor para se começar a ouvir essa banda. Tem uma levada mais pop e menos underground que os demais.
Depois de uma introdução instrumental altamente sensual chamada “Dawna”, o disco engata logo com “Buena”, que é realmente uma música boa com sua introdução de baixo bem característica e a voz grave de Mark, os sax entram somente no hora do refrão. Em seguida vem “I’m free now”, a melhor música pra se ouvir depois de um fim de namoro com a sua bela introdução de sax e bateria e a letra que já começa dizendo a que veio e com um refrão fantástico que gruda na mente (“Honest I swear the last thing I want to do Is ever cause your pain”). Em seguida vem “All wrong” , uma música cujo o solo do final me espanta sempre que eu ouço, pois nunca tinha ouvida uma distorção quá-quá (aquela distorção típica de funk geralmente feita com guitarras) só que ligada no sax.
Depois temos “Candy”, uma música romântica com letra bem realista, uma levada calma que te dá vontade de chorar pela beleza da música. A seguir vem “A head with wings” , onde se pode ouvir o tanto que o Dana Colley é bom, tocando dois sax juntos. “In Spite of me”, uma música com um dedilhado de violão, só pra mudar o ambiente causado pelo disco. “Thursday” vem em seguida acho que é a faixa mais experimental do disco, que causa estranheza quando se ouve pela primeira vez, mas depois de acostumar os ouvidos vc começa a viajar na música. Enfim a faixa título, “Cure for pain” realmente merece esse nome, a música leva a dor embora a medida que se ouve, transmitindo uma paz que não se costuma sentir com música, uma tranqüilidade melancólica, e como é dito no refrão (Someday, there will be a cure for pain). “Mary won’t call my name” é a faixa mais animada do disco, dá vontade de sair dançando ao ouvi-la, e tenho de admitir que muitas vezes fiz isso. “Let1s take a trip together” uma música bem ambiente , do tipo que agente gostaria de ouvir ao lado de uma bela garota saboreando um copo de alguma bebida. E por último temos “Sheila”, pra fechar com chave de ouro, a música transmite sensualidade pra quem ouve, basta ouvir o refrão dessa música que eu tenho vontade de realmente virar para uma garota e dizer “I´m yours to command”
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