vaga na ABL

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 | Published in | 0 comentários

Neste fim de semana tivemos uma notícia triste para aqueles que admiram a literatura. Apesar de que ler é um hábito cada vez mais raro, a morte de Moacyr Scliar será sentida, mas ele ainda viverá por meio de seus trabalhos.

Conduto, neste momento surge uma questão bem mais mundana do que a falta que um escritor fará. Neste momento a cadeira número 31 da Academia Brasileira de Letras encontra-se vaga.

Tudo bem, eu sei, é cruel. O enterro de Moacyr Scliar será nesta segunda feira e mal o defunto esfriou, já estamos cotando o próximo ocupante de sua cadeira na ABL. Contudo, mesmo assim, pretendo começar aqui uma campanha para o próximo imortal da nossa Academia de Letras.

Minha sugestão é algo que irá revolucionar a literatura brasileira, algo que irá trazer novamente a ABL à tona das discussões na mídia. Minha sugestão é alguém hábil com a poesia cantada, um músico, alguém que tocou o coração das pessoas por meio de suas belas palavras, e com sua fez com que suas palavras se espalhassem com o vento.

Minha sugestão para ocupar a cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras é alguém cujo nome não é encontrado nos anais do Google e ele é conhecido apenas pela alcunha de: Avassalador. Isso mesmo, o garoto compositor, músico e arranjador do mega hit “Sou Foda!”.

Eu até mesmo já consigo imaginar a posse dele na ABL. Toda a imprensa filmando, reportagens com flashes ao vivo da Globo, Record, Bandeirantes. E o garoto dos Avassaladores, usando o fardão da ABL, um Nike shox falsificado e o já conhecido boné virado pra lado. Ele sobe na tribuna para seu discurso perante os outros imortais. Todo o Brasil o vê pela televisão. E nessa hora, ele calmamente vira para as câmeras e diz:

- Sou Foda!

Anti-tesão

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011 | Published in | 4 comentários

Em Brasília existe uma longa e larga avenida que corta a parte central da cidade de uma ponta a outra. Esta avenida sai da ponta da Asa Sul e termina na ponta da Asa Norte e é simplesmente conhecida como “Eixão”.

O Eixão é conhecido por conta da facilidade, afinal ele atravessa uma boa parte da cidade e em linha reta. Também é conhecido por ficar fechado aos domingos e a ampla área servir de lazer para os moradores da região. Contudo, de uns tempos pra cá, o Eixão está ganhando uma nova característica: a prostituição.

Estamos falando do baixo (muito baixo mesmo) meretrício. Mulheres com corpos longe de serem esculturais fazendo programas na beira da pista e em horário comercial.

Passando por essa breve explicação, posso contar a coisa terrível que me aconteceu.

Vinha eu dirigindo tranqüilo e faceiro pelo Eixão na Asa Sul quando vi a cena que quase me cegou. Uma dessas mulheres na beira da pista, pra confirmar a regra seu corpo estava longe de ser escultural e para somar a isso, ela, a muito, já deveria ter passado dos 40 anos. Usava uma saia vermelha, de imitação de couro, e um top preto deixando os seios quase à mostra. Não preciso nem dizer que mesmo usando um top extremamente apertado, podia-se perceber que os seios eram bastante flácidos. E para piorar toda a cena, ela, com o intuito de chamar clientes, ficava dançando na beira da pista, e a cada carro que passava ela dava uma reboladinha.

Ver essa cena quase me deixou cego. Nessa hora eu senti o contrário do tesão, algo sem explicação, mas que todos os homens sabem como é. Deveria se chamar anti-tesão, atesão, intesão ou qualquer coisa no mesmo sentido. O fato era que senti o meu, bem... digamos membro viril desintumecer-se. Era quase como se ele tivesse encolhido, entrado para dentro do meu corpo e sido devorado por minhas entranhas. Todos os pensamentos sexuais sumiram de minha mente e nem mesmo a imagem da Kate Perry pulando corda poderia me recuperar num momento como esse.

Segui o meu caminho, descrente na humanidade, sentindo que não havia mais futuro. Cheguei a sonhar, e até mesmo a desejar, um fim do mundo em 2012. Virei em direção ao Setor de Autarquias Sul, ainda sem qualquer fé na humanidade. Nessa hora, parei num semáforo e olhei para o lado. Nessa hora pareceu que tinha sido atingido por um raio e um sorriso voltou a habitar meu rosto. Ela era loira com o cabelo preso numa trança que descia até o meio das costas, usava um desses macacões para academia, peça única, preto, colado ao corpo. Eu podia ver cada contorno de seu corpo, os seios quase saltando para fora do decote, as pernas torneadas, e enquanto ela passava pude ver e bela bunda que gingava de forma a quase me hipnotizar.

Nessa hora, o sinal abriu, segui o meu caminho, levantei as mãos para o céu e disse:

- Obrigado Senhor! Restaurastes minha fé na humanidade.

Quarta de manhã

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011 | Published in | 2 comentários

Mais uma vez a vida me prova de que coisas bizarras tendem a acontecer comigo. Plena quarta feira, vindo pro trabalho, ouvindo o noticiário no rádio e curtindo os (poucos) prazeres de um começo de dia. Como sempre, calor infernal e o vidro fechado juntamente com o ar condicionado do carro se tornam o único alívio pra uma cidade que parece que faz 30° as 8 da manhã.

Mas continuando. Quase chegando ao trabalho, parado no início da W3 norte, no congestionamento nosso de cada dia, para do meu lado um ônibus (não faço idéia de qual companhia, mas era dos amarelos).

Todas as portas e janelas do ônibus estavam abertas. Até aí nada demais, a não ser o motorista do ônibus que começa a gesticular feito um doido na minha direção. Sim, ele conseguiu me chamar a atenção devido a tantos gestos, e eu logo achei que meu pneu estava furado ou algo acontecia no meu carro, afinal sempre pensamos o pior nessas horas. O motorista fez sinal para que eu abaixasse o vidro, o que só aumentou minha preocupação. Assim que abaixei o vidro, o motorista grita:

- Ei. Pra você ver né? A diferença do rico e do pobre é que o pobre abre todas as janelas por causa do calor e o rico fecha as janelas do carro e liga o ar condicionado!.

Nessa hora o motorista começa a rir, e eu começo a rir junto com ele. Não que a piada tenha sido engraçada, mas sim pela situação. Tal fato foi tão bizarro que não me sobra absolutamente nada pra fazer a não ser rir e seguir meu dia. Pelo menos a alegria do motorista ao me contar essa simples piada acabou por deixar meu dia mais divertido.

Definitivamente, algumas coisas só acontecem comigo.

Salada

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011 | Published in | 1 comentários

A minha família, bem como alguns amigos, sempre reclamam que não estão com uma alimentação muito saudável e que precisavam comer mais saladas. Saladas...sempre elas o problemas. Não existe pessoa nesse mundo que nunca teve suas expectativas alimentares frustradas por conta de uma salada.

Venhamos e convenhamos, saladas não tem gosto. Se eu posso comer carne pra que eu vou comer folhas? Creio que a evolução nos mostrou que a alimentação a base de carne nos foi muito mais útil. Se ainda comêssemos só vegetais aposto que ainda estaríamos nas árvores, ou melhor, creio que não teríamos nem subido nas árvores e seríamos todos roedores morrendo de medo dentro de nossas tocas.

Mas esse não é um argumento válido quando conversamos com nutricionistas, e lá vão eles novamente nos mandar comer cada vez mais folhas e deixarmos as coisas realmente boas de comer de lado. Nutricionistas chegam ao cúmulo de proibir que misturemos pedaços de bacon na alface, e isso não é uma atitude justa.

Por conta desse tipo de coisa, resolvi pesquisar mais sobre o que é uma salada, e o Google me veio com a seguinte definição:

“prato que se serve geralmente frio, preparado com verduras e legumes crus ou cozidos, ovos cozidos, etc., temperados com molho de azeite e vinagre, maionese, ou outro

Baseado nessa definição eu comecei a pensar nos alimentos que consumo com certa freqüência e cheguei a uma brilhante conclusão: eu como saladas! Pra falar a verdade eu adoro uma salada.

Vejam só, se salada é um prato servido frio preparado com vegetais e outros ingredientes posso tranquilamente chegar a conclusão de que uma banana split é um tipo de salada. Genial essa conclusão, mudou minha vida. Agora toda vez que disserem que eu preciso comer mais saladas a única coisa que eu posso dizer é:

- Você tem toda razão.