Algumas pessoas já ouviram falar, outras não, mas uma banda que eu gosto muito é a Banda das Velhas Virgens. Trata-se de uma banda de blues rock formada no interior de São Paulo e que já contam com mais de vinte anos de carreira. As músicas giram sempre em torno dos mesmos temas: sexo, mulher e bebida. É um som divertido, mas muitas pessoas (principalmente mulheres) não suportam, alegando que a banda só faz músicas machistas. Machistas ou não, não é o que mais importa pra essa crônica. O que realmente importa é a sabedoria contida numa determinada música.
A música que estou falando é “Tudo Que a Gente Faz É Pra Ver Se Come Alguém”. O nome da música é o refrão, repetido a exaustão em todas as estrofes, afinal “a gente toma banho pra ver se come alguém”, “ agente faz a barba pra ver se como alguém”, “tudo que a gente faz é pra ver se come alguém”. Essa frase, recheada de sexo, é a melhor explicação já feita até hoje sobre a criminalidade em todo o Brasil.
Pode parecer estranho, mas essa frase consegue fazer mais sentido do que dezenas de teses de sociologia discutidas à exaustão em universidades. Pense bem, a partir dos 12 ou 13 anos existe somente um pensamento que ocupa a mente do homem: comer alguém. E isso independe de classe social ou até mesmo de sexualidade. Com essa idade tudo que você quer é comer alguém. Agora pense num bairro pobre, com 13 anos e completamente sem dinheiro comer alguém não é uma das tarefas mais fáceis. E aí quem é que tem dinheiro nesses bairros pobres e, consequentemente, tá sempre comendo alguém? A resposta é óbvia, é o traficante, o bandidão, o dono do morro.
Ou seja, quem sempre come alguém é o traficante que tem dinheiro. Logo, o maior incentivo para que alguém entre no mundo do crime é a vontade de comer alguém.
Esqueçam todas as teorias sobre vulnerabilidade social, situação de risco ou o que mais de fala hoje em dia, pois essas teorias não servem de nada e não explicam o que realmente acontece.. Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém, inclusive entrar para o mundo do crime.
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