Minha Mente Suja
terça-feira, 7 de outubro de 2008 | Published in | 1 comentários
O adesivo trazia em letras garrafais: "José Pedro e Daiane, meus amores". Enquanto na mente de uma pessoa normal isso com certeza seria uma alusão aos filhos do dono (ou dona) do carro. Na minha mente suja e pervertida eu vi claramente uma alusão ao bissexualismo.
O que eu mais tenho medo é que, nos dias de hoje, eu talvez esteja certo.
Dias de Chuva = Dias Felizes
quinta-feira, 25 de setembro de 2008 | Published in | 1 comentários
Nesse momento cai uma chuva torrencial
Mas de todas as lembranças envolvendo dias chuvosos, talvez a que eu ache melhor foi quando eu tinha uns 13 anos. O nome dela era Clara, alta, de cabelos pretos e pele branca, não parecia ter 13 anos como as outras garotas, aos meus olhos era como se ela já fosse uma adulta completamente desenvolvida e eu um pirralho. Lembro que foi uma paixão de adolescente no momento em que conversamos pela primeira vez. Apesar de uma série de defeitos eu a adorava, e como é óbvia nesses casos, ela adorava que eu a adorasse.
Por várias noites ela povoava meus sonhos e eu adorava quando ela sorria pra mim. Mas o que me faz me lembrar dela em dias de chuva como esses é outra história. Estávamos saindo do colégio e caia uma chuva torrencial, talvez mais forte como a do dia de hoje, e depois de um tempo observando a chuva cair (e passar), ela, um amigo e eu, resolvemos encarar a chuva e subirmos a pé até o ponto de ônibus. Os três juntamos aquela coragem que só temos quando estamos prestes a entrar na água fria e demos o primeiro passo. Não havíamos chegado a metade do caminho e estávamos todos encharcados, e foi nessa hora que aconteceu algo que viria a ser uma lembrança feliz por muito tempo. A camiseta do uniforme da escola era branca, e quanto mais chovia, mas ela grudava no corpo de Clara e eu podia ver cada contorno que ela tinha. Os seios, grandes demais para uma garota com a idade dela, chamavam a atenção de qualquer um que olhasse, era impossível desviar o olhar. E com a roupa colada ao corpo ela sorria de felicidade, achando boa a sensação de tomar um banho de chuva.
Nunca consegui ficar com essa garota, mas o sorriso dela e a camiseta grudada em seu corpo nunca saíram da minha mente, e desde então dias de chuva me trazem uma certa sensação de felicidade infantil.
Ódio
terça-feira, 24 de junho de 2008 | Published in | 2 comentários
Isso com certeza é algo que já aconteceu com todo mundo, você simplesmente olha pra alguma coisa e sente um profundo sentimento de ódio por essa coisa. Uma vontade irracional e primitiva de destruir um objeto inanimado que não representa absolutamente nada, mas que você odeia do fundo do seu coração e gostaria de pegar um belo taco de beisebol (ou de cricket, para os mais anti-americanistas) e destruir esse objeto infernal até não sobrar mais do que poeira.
No meu caso, esse objeto de ódio é o marcador que faz a contagem regressiva dos dias que faltam para os cinqüenta anos de Brasília. Um grande relógio digital, fincado na esplanada dos Ministérios e que conta os dias que faltam para os cinqüenta anos dessa cidade. Não me perguntem porque eu odeio o relógio, eu simplesmente olhei pra ele e o odiei do fundo do meu coração e não tem uma única vez que eu passe pela frente desse relógio sem ter vontade de atirar um coquetel molotov nele.
Porém, no dia do meu aniversário de vinte e cinco anos algo aconteceu para diminuir, pelo menos um pouco, o ódio que eu sinto pelo maldito reloginho estúpido. Faço aniversário em 24 de junho (não se preocupem, eu já ouvi todo e qualquer tipo de piada envolvendo o dia do meu aniversário, podem rir) e justamente no dia do meu aniversário no ano de 2008 eu tive que ficar parado esperando um ônibus justamente na frente do reloginho cretino. E enquanto eu pensava nas formas mais divertidas de destruir o objeto dos infernos eu olho para o número de dias marcado para a tal festa. Eram exatos 666 dias.
Não pude conter o riso, tanto é que a mulher que estava ao meu lado deve ter me achado um tremendo maluco. Mas não tava acreditando, no dia do meu aniversário o relógio marcava 666 dias para os cinqüenta anos de Brasília! Com certeza isso não pode ser uma mera coincidência.
Só por hoje eu vou odiar o reloginho um pouco menos.