Esse é a primeira de uma série de crônicas semanais que pretendo fazer, agregando um pouco de minhas insanidades diárias. Por ser dia 31 de outubro, nada melhor do que esta primeira crônica tratar justamente sobre o famoso dia das bruxas.
Sei que as festas de halloween foram introduzidas aqui no Brasil por conta de filmes e seriados norte-americanos, e justamente por isso, alguns dizem que se trata de uma aculturação. Mas foda-se, este não é o assunto que eu quero tratar.
Vou falar sobre algo realmente importante. O tema de hoje é sobre a primeira vez que ouvi falar desse tal de “halloween”.
Eu tinha por volta de 07 anos, e como era muito comum, passava muito tempo em frente a uma televisão. A televisão me mostrava a imagem de crianças fantasiadas e saindo de casa em casa pedindo “doces ou travessuras”, e eu, com aquela idade, ficava sem entender do que se tratava. Lembro que resolvi perguntar o que era o halloween para a única pessoa que, na época, parecia ter todas as respostas que eu precisava: minha mãe.
Me lembro que fui bem direto, virei para a minha mãe e perguntei: “O que é halloween?”. Minha mãe, meio sem saber como me explicar e, sendo uma pessoa mais velha que conhecia a tradição dessa festa apenas pela imagem passada por filmes, ficou um tempo em silêncio sem saber o que me responder. Ela estava pensando, tentando encontrar uma resposta para me explicar do que se tratavam as imagens de crianças fantasiadas pedindo doces que víamos na TV. Após esse breve silêncio, minha mãe encontrou uma resposta simples e baseada no que ela conhecia sobre o halloween. Ela me disse: “Ah, halloween é uma mistura de carnaval com Cosme e Damião”. Até hoje nunca encontrei definição melhor.