Não, não vou entrar aqui em qualquer discussão sobre roupas ou fazer um discurso longo sobre a uniformização do pensamento que insiste em ocorrer hoje em dia. O assunto de hoje é mais prosaico (adoro usar essa palavra, que bom que tive a oportunidade).
Uniformes, do título, faz referência a uma música do Kid Abelha, uma das faixas do disco Educação Sentimental, de 1985, e ouvir essa música me traz uma boa lembrança de algo que me aconteceu, ou melhor, de uma pessoa que me aconteceu.
No meu último ano do segundo grau eu conheci uma pessoa pra lá de especial. Essa pessoa era minha professora de química orgânica. Se me perguntar se eu lembro algo da matéria eu sou obrigado a responder que não. Acho que química orgânica foi algo que eu aprendi apenas no segundo grau e nunca mais usei, mas acabei que desenvolvi uma certa amizade com a professora. De minha parte era claramente um affair, da parte dela eu sou obrigado a admitir que, na época, eu não fazia a menor idéia, mas na minha cabeça de adolescente eu me sentia correspondido. Mas enfim, eu não realizei a fantasia de 90% dos jovens de ficar com uma professora, que diga-se de passagem a R. (claro que vou usar apenas uma referência, não vou dizer o nome dela aqui) era linda, e ficava ainda mais charmosa quando estava de óculos.
Mas nada aconteceu, pelo menos não naquela época. Os anos passaram, veio a faculdade, e eu lembro que eu tinha acabado de me formar quando uma amiga minha me chamou pra ir numa festa. Sem muita coisa pra fazer, acabei indo nessa festa, sem esperar muita coisa, porém essa festa me trouxe boas surpresas.
Logo no começo da festa uma mulher veio falar comigo, juro que não a reconheci a primeira vista, mas a achei muito bonita. Com menos de um minuto de conversa eu a reconheci, era R. a minha antiga professora de química orgânica, e que continuava linda, ou melhor, estava até mesmo mais bonita. Conversamos bastante naquela noite, trocamos telefones e um tempo depois combinamos de sair. O mais engraçado foi os motivos dessa “saída”... Saímos para tocar violão, ou melhor, pra ela tocar violão, pois eu sou uma negação com esse instrumento. Sim, por mais estranho que pareça, foi isso, meu primeiro encontro com ela, foi para ela tocar violão pra mim, e “Uniformes” foi a primeira música que ela tocou.
Foi uma noite ótima, ela sempre foi simpática e divertida, e me ganhou ao me fazer uma serenata. Tivemos um breve relacionamento a partir dessa noite, e apesar da nossa diferença de idade (eu tinha 24 e ela tinha 39) naquela época, pra mim, isso era o que menos importava.
Com o tempo nos afastamos, mas todas as vezes que ouço “Uniformes” eu não consigo deixar de me lembrar das ótimas noites que passei ao lado da minha professora e do belo sorriso que ela me dava quando tocava violão pra mim.
Uniformes, do título, faz referência a uma música do Kid Abelha, uma das faixas do disco Educação Sentimental, de 1985, e ouvir essa música me traz uma boa lembrança de algo que me aconteceu, ou melhor, de uma pessoa que me aconteceu.
No meu último ano do segundo grau eu conheci uma pessoa pra lá de especial. Essa pessoa era minha professora de química orgânica. Se me perguntar se eu lembro algo da matéria eu sou obrigado a responder que não. Acho que química orgânica foi algo que eu aprendi apenas no segundo grau e nunca mais usei, mas acabei que desenvolvi uma certa amizade com a professora. De minha parte era claramente um affair, da parte dela eu sou obrigado a admitir que, na época, eu não fazia a menor idéia, mas na minha cabeça de adolescente eu me sentia correspondido. Mas enfim, eu não realizei a fantasia de 90% dos jovens de ficar com uma professora, que diga-se de passagem a R. (claro que vou usar apenas uma referência, não vou dizer o nome dela aqui) era linda, e ficava ainda mais charmosa quando estava de óculos.
Mas nada aconteceu, pelo menos não naquela época. Os anos passaram, veio a faculdade, e eu lembro que eu tinha acabado de me formar quando uma amiga minha me chamou pra ir numa festa. Sem muita coisa pra fazer, acabei indo nessa festa, sem esperar muita coisa, porém essa festa me trouxe boas surpresas.
Logo no começo da festa uma mulher veio falar comigo, juro que não a reconheci a primeira vista, mas a achei muito bonita. Com menos de um minuto de conversa eu a reconheci, era R. a minha antiga professora de química orgânica, e que continuava linda, ou melhor, estava até mesmo mais bonita. Conversamos bastante naquela noite, trocamos telefones e um tempo depois combinamos de sair. O mais engraçado foi os motivos dessa “saída”... Saímos para tocar violão, ou melhor, pra ela tocar violão, pois eu sou uma negação com esse instrumento. Sim, por mais estranho que pareça, foi isso, meu primeiro encontro com ela, foi para ela tocar violão pra mim, e “Uniformes” foi a primeira música que ela tocou.
Foi uma noite ótima, ela sempre foi simpática e divertida, e me ganhou ao me fazer uma serenata. Tivemos um breve relacionamento a partir dessa noite, e apesar da nossa diferença de idade (eu tinha 24 e ela tinha 39) naquela época, pra mim, isso era o que menos importava.
Com o tempo nos afastamos, mas todas as vezes que ouço “Uniformes” eu não consigo deixar de me lembrar das ótimas noites que passei ao lado da minha professora e do belo sorriso que ela me dava quando tocava violão pra mim.