Uma Crônica de Segunda #14

segunda-feira, 26 de março de 2012 | Published in | 0 comentários

Alguns livros me deixam deprimido quando eu termino de lê-los. Não porque a história seja triste, mas simplesmente porque terminar de ler o livro faz com que você nunca mais veja aquela história de forma inédita de novo. A empolgação de ler cada página, a vontade de ler cada vez mais para se chegar ao final da história, tudo isso termina na última página do seu livro. E não adianta tentar ler novamente, nunca mais será a mesma coisa.
Passei a classificar os livros em bons, médio ou ruins, baseado no quanto eles me dão essa sensação descrita acima. E “Jogador N.º 1” de Ernest Cline conseguiu me dar essa sensação com uma força como a muito tempo não sentia.
Esse livro me deixou obcecado. Pelo tempo que demorei para lê-lo, eu não conseguia pensar em mais nada. O trabalho era difícil, os estudos eram difíceis, e o livro ficava ali, ao meu lado, como uma ameaça para que eu nunca o deixasse e como um convite sedutor para que eu largasse tudo e o lesse.
E ao final, quando fechei a última página, uma tremenda sensação de tristeza e solidão se abateu sobre mim. Senti que perdia um grupo de amigos, com uma história que jamais seria inédita para mim de novo. E ao final, o único consolo que tenho é saber o quanto o livro me divertiu e a obrigação de fazer com que mais pessoas se tornem fãs dele.
Creio que para finalizar, um resumo da história se faz bem. Não é o suficiente para descrever a minha empolgação com a obra, mas serve de aperitivo para os que aceitarem essa minha recomendação.
(Sinopse do Submarino): Um mundo em jogo, a busca pelo grande prêmio.Você está preparado? O ano é 2044, e o mundo real está numa terrível situação!

Como a maioria das pessoas, Wade Watts escapa de sua desanimadora realidade passando horas e horas conectado ao Oasis, que é uma utopia virtual que permite a seus usuários ser o que eles quiserem, um lugar onde você pode viver e se apaixonar em qualquer um de seus milhares de planetas. 

E, como a maioria da humanidade, Wade sonha em encontrar o grande prêmio que está escondido nesse mundo virtual. Em algum lugar desse playground gigante, o criador do Oasis escondeu uma série de enigmas que premiará com uma enorme fortuna e um poder muito grande aquele que conseguir desvendá-los.

Durante anos, milhões de pessoas tentaram, sem sucesso, encontrar esse prêmio, sabendo apenas que os enigmas de Halliday se baseiam na cultura pop da época que ele adorava: o fim do século XX. E, durante anos nessa busca, milhões descobriram outra válvula de escape, estudando de modo obsessivo os símbolos de Halliday. Como muitas pessoas, ele discute os detalhes da obra de John Hughes, joga Pac-Man e canta as músicas do Devo enquanto ganha terreno no Oasis, assim encontrando o primeiro desafio. 

De repente, o mundo todo se volta para acompanhar seus passos, e milhares de competidores se unem na busca, entre eles, jogadores poderosos e dispostos a cometer assassinatos para tirar Wade do caminho. Agora, a única maneira de Wade sobreviver e proteger tudo que ele conhece é vencer, mas para isso, talvez tenha que deixar para trás sua perfeita existência virtual e encarar a vida no mundo real do qual ele sempre fugiu desesperadamente.