Uma Crônica de Segunda #5

segunda-feira, 28 de novembro de 2011 | Published in | 1 comentários

O maior problema de qualquer sala de cursinho, não importa para que seja, são os estereótipos que sempre aparecem. Sempre tem a gostosona que mal aparece nas aulas ou que entra, fica 5 minutos e depois sai. Sempre tem os chatos que chegam mais cedo e guardam os lugares para os outros amigos chatos para sentarem na primeira fila. Tem sempre aquele que fica fazendo pergunta para o professor o tempo todo, mas não é para tirar dúvidas e sim para ficar testando o conhecimento daquele que está dando aula, e por aí vai. É a claro que eu tenho o meu tipo preferido, pra mim, o melhor estereótipo de todos é: a mulher que te desperta uma espécie de súbita paixão platônica. Trata-se de uma mulher que não precisa nem ser a mais bonita da sala, mas ela te chama atenção de alguma forma e irá despertar o seu desejo durante todo o curso, mesmo que você nunca troque uma palavra com ela.
Na última vez que fiz cursinho eu tinha a minha musa. O nome eu nunca soube ao certo, mas a imagem dela sempre vem nítida a minha mente. Não era alta, deveria ter por volta de 1,60, talvez menos, tinha um cabelo castanho escuro que se encaracolava nas pontas e descia até o meio das costas. Era bela, apesar de uma leve barriguinha que saltava de suas roupas. Sempre se vestia de maneiras sóbria, um terninho ou tailleur, o que demonstrava que deveria trabalhar em algum escritório de advocacia. A minha tese do seu local de trabalho era reforçada pelo fato de que ela costumava chegar um pouco depois do início das aulas, sempre com uma expressão atarefada no rosto, e assim ela entrava na sala. A aula ainda em seu início, ela entrava quebrando o silêncio sepulcral com o barulho de seus saltos batendo no chão. Para mim esse era o melhor momento da aula, ela entrando, atravessando o corredor entre as carteiras, pé ante pé, com o tempo parando ao seu redor e meu desejo crescendo. Sentado no fundo da sala eu pedia para que o tempo parasse e eu pudesse ficar ali somente a contemplá-la...
Um belo dia vejo o braço dela se levantando em meio a aula. Nitidamente iria fazer uma pergunta e eu poderia pelo menos saber como era sua voz. Nesse momento, ela com toda a sua beleza começa a fazer sua pergunta num carregadissimo sotaque nordestino, com certeza de Recife. Isso apenas contribuiu para me deixar com mais tesão por ela. A bela recifense, com toda a sua beleza e seu jeito característico de falar despertava meu desejo e nessa hora descobri que estava desenvolvendo um novo fetiche: eu simplesmente adoro mulher com sotaque.

comentários

  1. Anônimo
    29 de dezembro de 2011 às 09:48

    hahahha... esse post eu rir mas deixo para comentar uma outra hora... me lembra coisas boas

    ass: garota =*

  2. Anônimo
    29 de dezembro de 2011 às 09:48

    hahahha... esse post eu rir mas deixo para comentar uma outra hora... me lembra coisas boas

    ass: garota =*